Mega complexo terá 6 cassinos, 12 hotéis, 9 teatros e 3 campos de golfe.
Manifestantes acham que projeto de magnata dos EUA facilita corrupção.
Manifestante segura cartaz em frente a clube de striptease em Madri (Foto: Pedro Armestre/AFP Photo)
Um megacomplexo de turismo, jogos e lazer que está sendo construído em Madri está gerando protestos entre alguns grupos na Espanha.
Anunciado no ano passado, o Eurovegas é um projeto da empresa Las Vegas Sands Corp., do magnata norte-americano Sheldon Adelson. O plano é que ele tenha seis cassinos, 12 hotéis, nove teatros e três campos de golfe. O complexo ficará situado na cidade de Alcorcón, pertencente à Comunidade de Madri e situada nos arredores da capital do país.
Protesto usa máscara na manifestação
Em fevereiro, Adelson afirmou que sua ideia é construir na Europa o equivalente à metade da Strip de Las Vegas, em referência à popular avenida onde estão os principais cassinos na Meca do Jogo dos Estados Unidos.
Na época do anúncio do projeto, em setembro do ano passado, foi dito ele implicaria um investimento de 17 bilhões de euros, geraria 260 mil postos de trabalho e poderia ser inaugurado em 2022.
Mas, segundo alguns descontentes, o projeto foi aprovado às escuras, facilita a corrupção e a lavagem de dinheiro e tira dinheiro de investimentos em educação e saúde.
No último dia 26, centenas de pessoas se manifestaram em Madri contra o Eurovegas, afirmando que se trata de “estafa, especulação urbana e lavagem de dinheiro".
Para a “Plataforma Eurovegas No”, o governo da região aceitou “exigências irracionais" de Adelson para construir edificações fora do plano urbanístico da região com isenções fiscais e "criar uma cidade sem lei".
Madrilenhos protestam contra o Eurovegas, megacomplexo de lazer e jogo (Foto: Pedro Armestre/AFP Photo)
No fim do protesto, membros da plataforma leram um manifesto contra o complexo e a favor do investimento do dinheiro público em saúde, educação, serviços sociais e pesquisa.
O Las Vegas Sands anunciou no ano passado que pretende atrair cerca de 11 milhões de turistas em 15 anos à região, que gastariam cerca de 15,5 bilhões de euros. O projeto teria, em princípio, 12 complexos, com 3.000 quartos cada um.
