Membros responsáveis pelo desenvolvimento de novos sintetizadores da Yamaha, batizada como Vocaloid, apresentaram a prova de que, em alguns anos, será possível criar gravações de áudio com artistas já falecidos. Segundo os cientistas, isso seria possível com o avanço da performance de seu simulador de vozes.
Essa tecnologia, que ainda encontra-se em fase de aperfeiçoamento, iria além do que já é possível fazer hoje em termos de síntese de vozes, dispensando a presença do cantor ou pessoa com bom timbre vocal na realização de gravações-base; posteriormente manipuladas.
A novidade consiste em implementar um computador capaz de ouvir registros sonoros, e depois isolar e mapear sílabas e entonações do artista. A partir do modelo gravado, entraria em ação a porção humana, responsável pela edição e busca de inflexões vocais e sutilezas que usualmente fazem parte do estilo de quem se imortalizou musicalmente.
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Em testes, foram feitas faixas de demonstração com o cantor japonês Hitoshi Ueki, falecido em 2007. Apesar de a qualidade das músicas terem alcançado um nível de qualidade interessante, tendo convencido até mesmo fãs de Ueki, membros da divisão da Yamaha entendem que muitas vezes ainda é perceptível um certo tipo de "ranço" digital (computadorizado) nas músicas, o que poderia desestimular seu uso e gerar críticas a esta tecnologia, se ela fosse lançada mundialmente agora.
Ainda assim, é difícil imaginar que um computador seja capaz de simular a voz do Tim Maia com toda a fidelidade e as brincadeiras de palco do cantor. Mas vendo o vídeo abaixo, dá pra perceber que em breve teremos surpresas no mercado fonográfico.
Confira como ficaram os vocais de Hitoshi Ueki, Hatsune Miku, e vários outros artistas japoneses sintetizados pela Yamaha. (Detalhe: a primeira voz é a do software; a segunda, com a foto do artista, é a voz original).
Via Wired.